JONES ABREU SCHNEIDER

JONES ABREU SCHNEIDER
e-mail para contato:
atorjones@gmail.com

sábado, 22 de dezembro de 2012

Então é Natal

Jones de Abreu / auto-retrato 2006
Ah, meus cabelos longos!!!
Feliz Natal pra todos!!!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Terça Crônica - 18 de dezembro de 2012


DOIS POETAS DAS LETRAS

O escritor Affonso Romano de Sant´Anna e o músico Alex Souza encerram, com chave de ouro, a temporada do Terça Crônica no Café com Letras da 203 sul.

Poeta e escritor aclamado pela crítica literária como o sucessor de Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant’Anna foi convidado para fechar a temporada do Terça Crônica no Café com Letras, no próximo dia 18 de dezembro, às 20h, no mezanino da livraria da 203 Sul, o escritor vem a Brasília em estado de graça. Além de ser homenageado com leituras de crônicas interpretadas pelo ator e curador do projeto, Jones de Abreu, ele vai autografar quatro livros: a nova obra de crônicas, Como andar no labirinto (L&MP), o áudiolivro Escute amor (Livro Falante) e as reedições do antológico Analise estrutural de romances brasileiros (Unesp) O canibalismo amoroso. “Este foi um ano generoso para mim. Entreguei ainda à editora da Unesp um livro feito com Marina Colasanti sobre nossa relação com Clarice Lispector”, adianta.
A presença de Affonso Romano de Sant’ Anna em carne, osso e poesia no Terça Crônica é um sonho acalentado pelo ator Jones de Abreu, que começou o projeto de leituras dramatizadas em crônicas a partir da obra do escritor mineiro. 
Ao lado das crônicas de Affonso Romano de Sant’Anna, estarão as canções de Alex Souza, parceiro do projeto Terça Crônica desde a sua criação em 2008. Autor de dois discos, o último Capricha na pimenta tem lançamento agendado para o primeiro semestre de 2013, no Clube do Choro, Alex Souza destaca-se em carreira nacional com o grupo Caraivana, nascido do encontro de exímios músicos no verão de Caraíva, Sul da Bahia. 

TERÇA CRÔNICA
CRÔNICAS DE AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA e CANÇÕES DE ALEX SOUZA. COM AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA, JONES DE ABREU E ALEX SOUZA. DIA 18 DE DEZEMBRO, ÁS 20H, NO CAFÉ COM LETRAS (203 SUL). ENTRADA FRANCA SUJEITO À LOTAÇÃO DA CASA. INFORMAÇÕES:WWWTERCACRONICA.BLOGSPOT.COM. NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 10 ANOS.


Facebook (Terça Crônica); Twitter (@tercacronica)

domingo, 18 de novembro de 2012

Milagre da tecnologia


Elvis in concert é um espetáculo que tem como destaque a voz do próprio Elvis retirada de diversos shows. Um verdadeiro milagre da tecnologia. A sensação é de que Elvis Presley está ali, no palco, mais vivo do que nunca. Emocionante.
A banda original composta por 16 músicos que tocavam ao lado do rei, se apresenta ao vivo numa produção de última geração com a voz do rei remasterizada. 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Baú de Histórias

Estréia no próximo dia 06 de outubro
o espetáculo infantil de contação de histórias
BAÚ DE HISTÓRIAS
com o grupo Cirandeiros

Rose Costa
Renata Tavares
Sissy Faveri


Teatro de Arena
Escola Parque da 313/314 Sul
todos os sábados e domingos de outubro, sempre às 17h.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ELVIS EXPERIENCE



Jones de Abreu e Elvis

Está aqui em São Paulo, no Shopping Eldorado, até 05 de novembro, a exposição Elvis Experience.
Vários objetos pessoais do rei do rock, diretamente da Mansão Graceland, estão expostos
para o deleite dos fãs.
Fiquei emocionado.




Poesia d'alma





Com entrada franca, Terça Crônica celebra as crônicas de Clarice Lispector e as canções de Cartola


Clarice Lispector remexia a alma inquieta diante da vida. As crônicas escritas por ela traziam impressas a carne viva com qual  se relacionava com mundo. Foi desse jeito que ela viu uma Brasília, cidade artificial, ser desenhada diante de seu coração aos pulos. “Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas te digo que Brasília é a imagem de minha insônia”, escreveu Clarice Lispector, uma das maiores escritoras em língua portuguesa. As narrativas de Clarice Lispector vão ecoar pelo terceiro módulo do Terça Crônica, dia 25 de setembro (terça-feira), às 20h, no Café com Letras (203 Sul), com entrada franca. Estarão combinadas com a canção elegante e singular de Cartola, numa noite que conta ainda com a presença da cronista Conceição Freitas. “Essa combinação de Clarice, Cartola e Conceição é uma ode ao ser humano criador e poético, sua dimensão mais sensível e libertadora”, destaca Jones de Abreu, ator e criador do projeto da Criaturas Alaranjadas Cia. de Teatro. 
Jones de Abreu vai dramatizar crônicas de Clarice Lispector, enquanto Alex Souza interpretará o repertório de Cartola. No centro do palco, Conceição Freitas falará sobre a força da crônica de Clarice. “Vou explorar também o lado criador de Conceição Freitas, cujas crônicas ajudam a entender a gênese de ser e estar em Brasília”, observa Jones.  Num clima descontraído de bate-papo, os três vão falar das influências e estilos dos mestres celebrados. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com selecionado repertório do cancioneiro popular.
Um dos vencedores do edital nacional Procultura para Programação Cultural de Livrarias, do Ministério da Cultura, o Terça Crônica não poderia voltar à cena de forma tão feliz. “Retornar dentro de uma aconchegante livraria, cercado de obras literárias de todos os lados, é um sonho. A sensação é de que estamos em casa. O estímulo à leitura e as delícias do ato de ler sempre foram as tônicas desse projeto híbrido de linguagens, espécie de talk-show que mistura teatro, música e entrevistas”, observa Jones de Abreu
Até dezembro, serão nove sessões quinzenais que vão privilegiar grandes nomes da crônica nacional, com a presença de convidados da cidade. Criado em 2008 em temporada no Teatro Goldoni, Terça Crônica já participou da Feira do Livro (2010) de Brasília e da I Bienal do Livro e da Leitura (2012), fazendo também itinerância pelas cidades de Ceilândia e Taguatinga, com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O projeto se desdobrou ainda no Quinta Crônica (de 2008 a 2011) e no programa Canto das Letras, atualmente apresentado mensalmente na TV Câmara.


TERÇA CRÔNICA 
Com Jones de Abreu e Alex Souza. Crônicas de Clarice Lispector e canções de Cartola. Participação: Conceição Freitas. Dia 25 de setembro, terça-feira, às 20h, com entrada franca. Após a apresentação, a programação segue com o projeto Âmbar, da dupla Luana Lima e Malu Ribeiro, com repertório do cancioneiro popular e couvert a R$ 7.  Classificação indicativa: não recomendado para menores de 10 anos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Terça Crônica homenageia 2 pernambucanos


Diego Ponce de Leon
Especial para o Correio

À primeira vista, o casamento entre Luiz Gonzaga e Nelson Rodrigues pode soar fadado ao divórcio. Mas, um olhar mais apurado revela algumas afinidades. Exatos cem anos atrás, os dois nasciam no mesmo estado: Pernambuco. Embora poucos saibam, o fluminense (de alma e torcida) Nelson nasceu em Recife. Os centenários (ambos completados em agosto) são o ponto de partida da segunda Terça Crônica, que ocorre hoje, no Café com Letras (203 Sul), em homenagem aos dois mestres da cultura brasileira.
Como sempre, leituras cênicas irão interagir com canções. Entre uma crônica e uma música, algumas intervenções provocam um descontraído papo com os artistas e Rosualdo Rodrigues, jornalista convidado. “A importância do Nelson para o teatro e o estilo crônico das letras de Gonzaga são alguns dos tópicos dessas conversas, sempre produtivas”, revelou Jones de Abreu, ator e idealizador do projeto. Jones, que fará a leitura dramática do universo rodriguiano, prepara um repertório especial para a noite e antecipa que “os textos de A vida como ela é e as crônicas publicadas em jornal, são as principais fontes”. O ator está bem familiarizado com a obra do anjo pornográfico. Dois anos atrás encarnou o próprio, na montagem sobre o cronista e dramaturgo no projeto Mitos do Teatro Brasileiro, no CCBB. Ainda assim, o público que comparecer poderá testemunhar a primeira vez que o ator encara um texto escrito por Nelson. “Sempre me preparo. Podem esperar um Jones bem alerta”, avisou.
A vida de viajante do rei do baião inspirou o músico Alex de Souza. A saída da terra natal e a chegada ao Rio de Janeiro, como representante autêntico da cultura nordestina, é a imagem que ajudou o violonista a selecionar as canções para a apresentação de logo mais. Alex faz questão de destacar o ritmo literário das composições de Gonzagão: “Ele era um cronista popular. Sempre retratando o cotidiano da época”, disse.
O músico participa desse consolidado projeto de Brasília, que promove o encontro informal e interativo entre música e literatura, desde a concepção, em 2008, quando Jones de Abreu o criou. Os encontros quinzenais do Terça Crônica, seguem até dezembro, sempre com diferentes cronistas e músicos homenageados. Nesta terça, Asa Branca pousa no asfalto de Nelson e Dorotéia vai visitar a Juazeiro de Luiz Gonzaga.


Terça Crônica
Hoje, a partir de 20h
No Café com Letras (203 Sul)
Entrada franca.
Classificação indicativa livre.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Terça Crônica

Volta nesta terça-feira, 28 de agosto, o projeto Terça Crônica.
A abertura contará com o humorista, cronista e escritor Jovane Nunes da Cia de Comédia Os Melhores do Mundo. O músico Alex Souza irá apresentar canções de Raul Seixas.
Café com Letras da 203 sul, às 20h.
Entrada franca.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Canto das Letras de agosto


Canto das Letras, promovido pelo Espaço Cultural Zumbi dos Palmares, com o apoio da TV Câmara e do Sindilegis, é um programa que contempla artistas de Brasília, aliando música e literatura. 
A poeta Sigrid Spolzino é pedagoga, contadora de história e brinquedista. Ela não se preocupa com forma ou rima e diz fazer parte de uma turma de poetas iniciados virtualmente. 
Edmilson Caminha é escritor, jornalista, professor de literatura brasileira e de língua portuguesa. Ele é autor de artigos, ensaios e entrevistas publicados em revistas e jornais de renome no país.
E o músico Jaime Ernest Dias é violonista, arranjador e compositor versátil. Pertence a uma geração de músicos brasileiros que construíram sua arte com a liberdade e o rigor de quem está igualmente informado pelos cânones eruditos e pela melhor tradição popular.

Data: 16 de agosto, quinta-feira
Local: Auditório da TV Câmara, Edifício Principal
Hora: 19horas

Entrada franca

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Uma dose violenta de qualquer coisa

Jones de Abreu e Maria Manoella

Pedro se sente mal e não sabe muito bem a razão. Experimenta longas fases de letargia e tédio. Certo dia, é demitido do emprego de jornalista e foge. Mas para onde? Pedro é um personagem fictício, protagonista de um longa-metragem brasiliense ainda em produção. “Tenho pânico de me repetir. No fundo, todo ser humano deseja o inesperado. É atávico”, declara o ator Vinícius Ferreira, que interpreta o personagem Pedro,  em Uma dose violenta de qualquer coisa: “Decidi viajar de Manaus para Brasília de carona. Não é fácil se ver sozinho, sem ter a quem recorrer. Eu tive nove dias para entender o ritmo da estrada e a possibilidade de me sentir muito só. Essas sensações estão sendo colocadas na minha interpretação”, destaca Vinícius, o ator, mas bem poderia ser a voz de Pedro ouvida à distância. 
O personagem inicia a jornada dentro da redação de um jornal brasiliense, as filmagens foram feitas de madrugada na redação do Correio Braziliense. No set montado em meados de julho, a equipe formada pelo diretor do filme, Gustavo Galvão, o diretor de fotografia, André Carvalheira, e os atores Jones de Abreu, Maria Manoella e Vinícius Ferreira simulavam a demissão decisiva do funcionário que um dia, no passado, havia sido exemplar. Na pele de Beatriz, a atriz Maria Manoella enfrentava as baforadas de cigarro de um editor-chefe desumano (Abreu) e tentava entender as razões para a fuga do irmão, Pedro. “Enquanto ele larga as origens e parte em busca de um sentido para a vida, ela está tentando se reencontrar com o irmão com quem teve pouco contato”, descreve a atriz carioca.
Paisagem rec ortada
Sem seguir a cronologia da história, a equipe havia acabado de retornar de Ouro Preto (MG), onde o protagonista foi parar meio sem saber porquê. Da paisagem recortada do interior de Minas Gerais e da arquitetura colonial do sítio histórico descortina-se oposição. “Ele deixa a arquitetura modernista de Brasília para encontrar o barroco mineiro. A linha reta pela tortuosa. Muda de caminho, muda de direção”, resume o diretor. Nesta errância, o protagonista vai esbarrando com outros seres fictícios interpretados pelos atores Marat Descartes e Catarina Accioly, entre outros. E não exatamente capta a essência de todos eles. “Tentamos construir um roadmovie sem os clichês do gênero. Nesse tipo de filme, a visão dos protagonistas vai sendo modificada pelos personagens com quem eles esbarram. O Pedro não vai ser necessariamente transformado no trajeto”, explica o cineasta Gustavo Galvão, dono dos rumos da produção na direção e na guia do rote iro. Galvão recebeu “pitacos” de Ferreira desde o início do projeto. Os dois trabalham juntos há algum tempo desde as filmagens do curta-metragem Danae (2004), Uma noite com ela (2005) e no primeiro longa de Galvão, em estágio de finalização, Nove crônicas para um coração aos berros. 
Ambos retiraram das próprias crises dos 30 e poucos anos o recheio geracional necessário para o projeto. “Eu submeti o roteiro à avaliação de uma psicanalista. Ela me disse que o que Pedro sente é chamado The quarter-life crisis, em inglês (a crise de um quarto de vida em analogia à crise de meia idade), inquietação muito comum em pessoas dessa geração”, explicou Galvão. O termo designa pessoas adultas, às vezes bem sucedidas profissionalmente, que experimentam angústias próprias de adolescentes. Um certo atraso psicológico causado pela vida moderna. Em um período bem menor, no arco de quatro dias de vida, será possível que Pedro se sinta melhor, adequ ado aos anseios que o cercam ou continuará se sentido enterrado ainda vivo?

Yale Gontijo/ Correio Braziliense 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Curso de teatro em Brasília


Curso de iniciação teatral.
Para quem tem pouca ou nenhuma experiência na área.

Os(as) participantes vivenciarão noções do fazer teatral tendo como conteúdos básicos:

a – o corpo – características e posturas.

b – a voz – identidade do personagem.

c – a encenação – experiência com leituras dramáticas, improvisações, ensaios e criação de textos.

d – socialização e desinibição.


Matrícula: R$ 20,00
Mensalidade: R$ 80,00
Inscrição no primeiro dia de aula

TURMA - ADULTOS

Duração: de 18 de agosto a 20 de outubro de 2012.

Horário:sábados das 14h30 às 16h30.

Local: Escola Parque da 313/314 Sul, entrada pela w2.



Recomendação: uso de roupas confortáveis para os exercícios.

Outras informações pelo e-mail:
cursodeteatronodf@gmail.com


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Teaser de EROS IMPURO


Veja mais sobre EROS IMPURO em www.erosimpuro.blogspot.com

terça-feira, 19 de junho de 2012

Encontro com Cristina Branco

Cristina Branco, Sérgio Maggio e Jones de Abreu

Quando começamos a fazer os primeiros exercícios de partituras dramáticas para criar Eros Impuro, em 2009, havia uma forte influência musical tanto para Sérgio Maggio, autor e diretor, quanto para Jones de Abreu, ator. O CD era Ulisses, da cantora fadista portuguesa Cristina Branco. Criamos através desta trilha os primeiros desenhos do personagem Andrei. Após um ano de temporada a música Circe, que fez parte dos ensaios, foi resgatada e agora fecha o espetáculo.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Canto das Letras 21 de junho às 19h.


Canto das Letras, promovido pelo Espaço Cultural Zumbi dos Palmares, com o apoio da TV Câmara e do Sindilegis, é um programa que contempla artistas de Brasília, aliando música e literatura. Em formato de talk-show, o ator Jones de Abreu e a poetisa Isolda Marinho, recorre a um bate-papo informal, no qual a plateia pode participar. Ele faz a leitura dramatizada de textos dos escritores e conversa sobre carreira e processo de criação, entremeando com as composições do músico. Na edição de junho, o evento contará com a escritora Ana Maria Lopes, o escritor Fernando Saboia, além do cantor e compositor Eduardo Rangel.

Data: 21 de junho
Local: Auditório da TV Câmara, Edifício Principal da Câmara dos Deputados
Hora: 19horas
Entrada franca

domingo, 17 de junho de 2012

Eros Impuro durante o Arte e Estética 2012


 Sessão de domingo
fotos de Claudio Chinaski


segunda-feira, 4 de junho de 2012

EROS IMPURO no Festival Arte e Estética

De 8 a 10 de junho (sexta e sábado, às 21h, domingo, às 20h), o espetáculo ocupa o palco do Espaço Mosaico (714/715 Sul), com entrada franca. Em cena, a discussão sobre limites entre erotismo e pornografia, loucura e sanidade, ética e moral, abordando o urgente tema do abuso sexual em menores. “A ideia surgiu quando o diretor-dramaturgo Sérgio Maggio ficou diante de um quadro inacabado de minha autoria. Ele ficou impressionado com a imagem e passou a divagar sobre esse homem”, lembra Jones de Abreu que, comemorou 25 anos de teatro com este monólogo.
Com direção e texto de Sérgio Maggio (autor de Cabaré das Donzelas Inocentes e Prêmio Jabuti pelo livro Conversas de Cafetinas), Eros Impuro reúne equipe de artistas cênicos de primeira. A cenografia é de Carlos Chapéu (artista renomado na cena carioca); a luz, de Vinicius Ferreira (ator que se desponta como jovem criador cênico); o figurino, de Maria Carmen (uma das mais requisitadas nessa categoria); visagismo, de João Angelini (artista-revelação em arte e tecnologia); animação de Thiago Moysés (cineasta que teve longa na lista dos filmes indicados a representar o Brasil no Oscar); e trilha sonora do DJ Biondo (criador da festa Kinda). “Esse projeto, cuja direção proporcionou a criação compartilhada, permitiu que os artistas ajudassem a emoldurar essa narrativa no meu corpo de ator. Todos somos coautores”, observa Jones de Abreu.

Canto das Letras de maio


Aconteceu em 17 de maio no auditório da TV Câmara.

Participaram os escritores Luiz Paulo Pieri e Maria Raquel Melo e também a cantora e compositora Ellen Oléria.

Eu e a escritora Isolda Marinho desenvolvemos este evento que conta com o apoio 
do Espaço Cultural Zumbi dos Palmares, da TV Câmara e do Sindilegis.

Próximo evento em 21 de junho.
Entrada franca.





terça-feira, 22 de maio de 2012

Bibi Ferreira, uma menina abençoada pelo tempo

vídeo amador gravado por Jones de Abreu
Bibi Ferreira tem o dom e a permissão de brincar com o tempo. De pé no palco histórico onde estreou Gota d’água (1975), ela vence, com a altivez de uma sacerdotisa, os 70 minutos do espetáculo Bibi in concert. A mulher de 90 anos se transmuta numa menina de “13 ou 14 anos lá do século 17” para desfiar a memória, que se materializa diante da plateia apinhada do Theatro Net Rio (antigo Tereza Rachel) em carne viva e recheada de lembranças e de esquecimentos.
É essa atriz, humana e mitificada como um fenômeno, que surge diante de olhos encantados, que se arregalam quando o corpo ri e quase desaparecem ao marejar de emoção. “Obrigado, todos nós daqui (do palco) agradecemos muito. Ah, vocês se contentam com pouco. Os americanos fazem isso muito melhor”, brinca, diante de palmas efusivas, gargalhadas dobradas e gritos de “bravo, bravíssimo”.
 Dona de um humor fino e cortante, Bibi Ferreira está à frente de uma orquestra majestosa, comandada pelo maestro Flávio Leite. É um momento especialíssimo em uma gloriosa e única carreira no teatro nacional. “Não me lembro da última vez em que cantei assim, rodeada de músicos como estes”. Com uma delicadeza ímpar, o regente não só constrói arranjos grandiloquentes para a voz potente de Bibi, como é o mestre de cerimônias do espetáculo. É ele que, num diálogo quase íntimo, puxa a ponta do fio da memória para que a mulher de 90 anos estique e brinque como uma garotinha. “E os musicais Bibi? Você foi a primeira a fazer no Brasil”, lembra Flávio. “Ah, os musicais... Fiz Alô, Dolly! O homem de La Mancha, My fair Lady...”, responde Bibi, emendando com uma crônica engraçadíssima sobre o tema, para depois, explodir musicalmente em uma sequência de arrepiar a espinha.
Eclética, passeia por temas do cinema da era de ouro de Hollywood, pelos musicais da Broadway e por inacreditáveis árias de ópera cantadas com letras de samba (La Traviata abrigou perfeitamente os versos de Palpite infeliz, de Noel Rosa). Segue com tangos, samba de breque, bossa nova, samba-canção, transitando por cinco línguas (espanhola, francesa, italiana, inglesa e portuguesa, do Brasil e de Portugal). “O meu primeiro idioma foi o espanhol. Minha mãe era argentina e me levou com apenas 1 ano de idade para morar em Buenos Aires”, revela.
Atriz e cantora indissociáveis, que recria Elizete Cardoso, Amália Rodrigues e Piaf (“esta, aliás, tem me sustentado nos últimos 30 anos”, brinca), Bibi se agiganta a cada sequência do espetáculo. É inalcansável no momento em que encarna Joana, de Gota D´água, obra-prima de Chico Buarque e Paulo Pontes. Puxa do cantinho da memória um dos solilóquios da personagem inspirada na trágica Medeia e ganha uma proporção indescritível no palco. Há um silêncio quase absoluto, quebrado apenas por um ou outro soluço de choro.
Neste momento, lá de atrás no balcão, onde conseguiu duas suadas entradas extras, a poeta e servidora da Câmara dos Deputados Isolda Marinho lacrimeja ao lado do marido, o contador e maratonista Geraldo de Souza. Os dois, que vieram ao Rio para amenizar a saudade do filho Davi, estudante da UFRJ, estão pela primeira vez diante do mito/mulher Bibi. “Chorei o tempo inteiro. Era como se ela cantasse para mim”, confessa Isolda, enquanto o companheiro se adianta para revelar às redes sociais um instante que vai levar pra sempre no cantinho da memória, este magnífico templo que abriga o deus-tempo, o guia e mentor de Bibi Ferreira.
escrito por Sérgio Maggio (http://www.blogcricriemcena.blogspot.com.br/)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Oração de Maria Bethânia


Carta de Amor

Texto de Maria Bethânia // Música de Paulo César Pinheiro

Não mexe comigo que eu não ando só 
que eu não ando só, que eu não ando só 
não mexe não (2x) 

Eu tenho Zumbi, Besouro, o chefe dos Cupis 
sou Tupinambá, tenho Erês, caboclo boiadeiro 
mãos de cura, Morubichabas, Cocares, Arco-íris 
Zarabatanas, Curarês, Flechas e Altares. 
A velocidade da luz no escuro da mata escura 
o breu, o silêncio, a espera. Eu tenho Jesus, 
Maria e José, todos os Pajés em minha companhia. 
O Menino Deus brinca e dorme nos meus sonhos 
o poeta me contou. 

Não mexe comigo que eu não ando só 
que eu não ando só, que eu não ando só 
não mexe não (2x) 
Não misturo, não me dobro,
A rainha do mar anda de mãos dadas comigo, me ensina o baile
das ondas e canta, canta, canta pra mim.
É do ouro de Oxum que é feita a armadura que guarda o meu corpo,
garante meu sangue, minha garganta.
O veneno do mal não acha passagem e, em meu coração,
Maria acende sua luz e me aponta o caminho.
Me sumo no vento, cavalgo no raio de Iansã, 
giro o mundo, viro, reviro. Tô no Reconcavo, 
Tô em face, voo entre as estrelas, brinco de 
ser uma. Traço o Cruzeiro do Sul, com a tocha 
da fogueira de João Menino, rezo com as Três 
Marias, vou além, me recolho no esplendor das 
nebulosas, descanso nos vales, montanhas, durmo 
na forja de algum, mergulho no calor da lava 
dos vulcões, corpo vivo de Xangô 

Não ando no Breu nem ando na treva 
Não ando no breu nem ando na treva 
é por onde eu vou o Santo me leva 
é por onde eu vou o Santo me leva (2x) 

Medo não me alcança, no deserto me acho, faço 
cobra morder o rabo, escorpião vira pirilampo 
meus pés recebem bálsamos, unguento suave das 
mãos de Maria, irmã de Marta e Lázaro, no 
Oásis de Bethânia.
Pensou que eu ando só, atente ao tempo não 
comece nem termine, é nunca, é sempre, é tempo 
de reparar na balança de nobre cobre, que o rei 
equilibra, fulmina o injusto, deixa nua a justiça 

Eu não provo do teu fel, eu não piso no teu chão 
e pra onde você for não leva o meu nome não 
e pra onde você for não leva o meu nome não (2x) 

Onde vai valente? você secou seus olhos insones 
secaram, não veem brotar a relva que cresce livre 
e verde longe da tua cegueira. Seus ouvidos se 
fecharam à qualquer musica, qualquer som, nem o 
bem nem o mal pensam em ti, ninguém te escolhe 
você pisa na terra mas não sente, apenas pisa, 
apenas vaga sobre o planeta, já nem ouve as 
teclas do teu piano, você está tão mirrado que 
nem o Diabo te ambiciona, não tem alma, você é 
o oco do oco do oco do sem fim do mundo. 

O que é teu já tá guardado 
não sou eu que vou lhe dar, 
não sou eu que vou lhe dar, 
não sou eu que vou lhe dar.(2x) 

Eu posso engolir você só pra cuspir depois, 
minha forma é matéria que você não alcança 
desde o leite do peito de minha mãe até o sem 
fim dos versos, versos, versos, que brotam do 
poeta em toda poesia sob a luz da lua que deita 
na palma da inspiração de Caymmi, se choro quando 
choro e minha lágrima cai é pra regar o capim que 
alimenta a vida, chorando eu refaço as nascentes 
que você secou. 

Se desejo o meu desejo faz subir marés de sal e 
sortilégio, vivo de cara pro vento na chuva e 
quero me molhar. O terço de Fátima e o cordão de 
Gandhi, cruzam o meu peito. 
Sou como a haste fina que qualquer brisa verga 
mas, nenhuma espada corta 

Não mexe comigo que eu não ando só 
que eu não ando só, que eu não ando só(2x) 
não mexe comigo

sexta-feira, 23 de março de 2012

Morre Chico Anysio

 Chico Anysio e Jones de Abreu em outubro de 2010
projeto Mitos do Teatro Brasileiro

Mais de duzentos personagens, mais de 11 mil apresentações, muita vontade de ajudar quem sempre viveu do humor, milhões de admiradores ao longo de 65 anos de carreira. Maior humorista da TV brasileira. Nos últimos meses travou uma batalha pela vida, mas hoje (23 de março de 2012) não resistiu.

Jones de Abreu como Alberto Roberto
Elisete Teixeira e Wilson Granja
Projeto Mitos do Teatro Brasileiro