Inscrições abertas para o Prêmio Myriam Muniz 2013

Critica de Fernanda sobre o espetáculo Eros Impuro em BH

Fernanda Silva Batista*

Eros Impuro, me fez impura também. Me iludiu, me envolveu com uma sensualidade escancarada, tão livre, tão perversa e provocante. Se exibiu, mostrou casais em cópula, disse que o gozo do público era a coroação de sua arte! Mas, depois, como a Cinderela do Cine Arena, acabou com tudo a chicotadas... 

             Não era nada disso. Seus painéis eram de loucura, pincéis do trauma, suas vestes eram camisa de força e seu cárcere o da memória. Toda aquela provocação do início não poderia mesmo nos conduzir a um prazer sem culpa, gratuito. Isso seria óbvio demais, tão óbvio quanto você transar com seus modelos... E você não transa com seus modelos. 
             Eu entendi, você não superou aquela história dos meninos voadores. Assim como você quantos meninos e quantas meninas não vão superá-la. A sujeição do corpo ao abuso pautou sua arte, maculou sua vida. Seu público entendeu tudo  o que você disse numa pincelada só. Disque 100.

*Fernanda Silva Batista, bacharel em Direito pela UFMG, estudante de Improvisação para Teatro pelo Palácio das Artes. Crítica elaborada durante a oficina O Exercício da Crítica Teatral, de Sergio Maggio. 

Canto das Letras de maio

O Canto das Letras, promovido pelo Centro Cultural Câmara dos Deputados, com o apoio da TV Câmara e do Sindilegis, é um programa que contempla artistas de Brasília, aliando música e literatura. Em formato de talk-show, o ator Jones Abreu e a poeta e servidora da Casa, Isolda Marinho, conduzem um bate-papo informal, no qual a plateia pode participar.  

“Revelação surgida no Planalto. Uma artista que faz MPB de qualidade”. É assim que Nelson Motta define a cantora e compositora Vanessa Pinheiro.  Em seus álbuns, a artista mostra composições próprias, que navegam entre a modernidade pós-bossanova e o balanço da MPB atual, e faz competentes releituras de clássicos da MPB. Para o maestro Leonardo Bruno, a artista traz um jeito novo de compor: refinado, culto, de extremo bom gosto e com forte apelo popular.

Jornalista e escritor baiano de Vitória da Conquista, Heitor Humberto de Andrade atuou no jornalismo político, com programa de entrevistas na televisão e na edição do Correio Braziliense. Ele é autor dos livros Corpos de Concreto (1964), Sigla viva (1970) e 3x1, A matemática do poema, (1978), editado pela Gráfica do Senado, em  uma coleção que o senador José Sarney lançou alguns escritores que trabalhavam na cobertura jornalística no Senado. Heitor é parente de Glauber Rocha, outro navegante da poesia. Também editou uma revista para o Clube dos Pioneiros de Brasília e trabalhou, ainda, na organização de eventos culturais e feiras de exposição.

Já a escritora Onã Silva é enfermeira e atua na Secretária de Saúde do DF. Goiana e também formada em artes cênicas, ministra oficinas e palestras sobre teatro, criatividade e atividades lúdicas. Como escritora, transforma em literatura o que vive na sua área de atuação, com o objetivo de divulgar a enfermagem e formar uma rede de incentivo à leitura e à produção literária. Entre outros livros, Onã escreveu A Quadradinha de Gude - novela infantil; Antologia Outros Poemas - poemas de escritores do Sindicato dos Escritores DF e Antologia Cronistas, Contistas, Poetas - antologia nacional que participou com poemas. Também escreveu Miriã, uma enfermeira bambambã - romance que foi pré-selecionado no prêmio SESC de literatura nacional e enfatiza as belezas de Goiás e do Centro-Oeste; e Histórias da enfermagem em cordel – obra, fruto de pesquisa, toda em cordel.

Data: 23 de maio, quinta-feira

Local: Auditório da TV Câmara. Edifício principal, térreo

Hora: 19 horas

Entrada franca

Eros Impuro na FUNARTE MG

Montagem que discute o abuso sexual a menores, Eros Impuro, segue itinerância do Prêmio Myriam Muniz 2012 em Belo Horizonte

Funarte MG - Rua Januária, 68 - Floresta

De 09 a 11 de maio, às 20h

dia 12, às 19h

Serão distribuídas senhas 1h antes do espetáculo.

Não recomendado para menores de 18 anos.

Entrada franca.

Produção local: Janine Avelar e Bosco Ladeira