JONES ABREU SCHNEIDER

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domingo, 19 de junho de 2011

MITOS DO TEATRO BRASILEIRO II


Ave Maria Clara Machado



Sonhos de menina

O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta Mitos do Teatro Brasileiro — Ano II, projeto na área de Ideias que consolida a memória do teatro nacional. Maria Clara Machado abre a temporada 2011

Era uma vez a história de um Cavalinho Azul que arrancou lágrimas de um grande poeta. Diante da peça escrita por Maria Clara Machado (1921 – 2001), Manuel Bandeira viu o sonho de menino vencer a realidade do adulto sem resquício de infância. Comoveu-se diante da sensibilidade do Teatro Tablado — ali, no ano de 1960, já alcançando nove anos de trajetória revolucionária. “O circo e a cidade chocam-se, combatem-se musicalmente nessa história fantástica, e naturalmente a vitória cabe à infância, à imaginação, ao sonho”, escreveu.

Maria Clara Machado já era um ícone do moderno teatro brasileiro quando os olhos do poeta marejaram. A diretora, escritora, dramaturga e arte-educadora concebia o teatro infantil com acabamento de arte. Tinha o dom de fazer brilhar os olhinhos de meninos e meninas em torno de fábulas que valorizavam os sentimentos humanos ao mesmo tempo em que despertavam a solidariedade e a consciência ecológica. “Com as crianças, eu cuido muito do essencial, do amor à própria terra. Faço isso desde O rapto das cebolinhas (1954), a primeira peça que escrevi”, contava a escritora.

A arte lúdica de Maria Clara Machado ocupa o palco do Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) na abertura do projeto Mitos do Teatro Brasileiro — Ano II, no dia 21 de junho (terça-feira), às 20h, com entrada franca (as senhas devem ser retiradas 1 hora antes do evento). Em cena os atores J. Abreu, Vanessa Di Farias e Wilson Granja vivem cenas inéditas, criadas pelo diretor e dramaturgo Sérgio Maggio, enquanto a diretora de O Tablado, Cacá Mourthé, e a atriz e cantora Zezé Motta testemunham fatos relevantes vividos ao lado dessa mulher que conduziu o teatro infantil brasileiro ao patamar de obra de arte.



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